Arte indigena
Considerando a grande
diversidade de tribos indígenas no Brasil, pode-se dizer que, em conjunto, elas
se destacam na arte da cerâmica, do trançado e de enfeites no corpo. Mas o
ponto alto da arte indígena são os trançados indispensáveis ao transporte de
caça, da pesca, de frutas, para a construção do arcabouço e da cobertura da
casa e para a confecção de armadilhas.
Quando dizemos que um
objeto indígena tem qualidades artísticas, podemos estar lidando com conceitos
que são próprios da nossa civilização, mas estranhos ao índio. Para ele, o
objeto precisa ser mais perfeito na sua execução do que sua utilidade exigiria.
Nessa perfeição para além da finalidade é que se encontra a noção indígena de
beleza. Outro aspecto importante a ressaltar: a arte indígena é mais
representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que da
personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos da pintura
corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para
outra. É preciso não esquecer que tanto um grupo quanto outro conta com uma
ampla variedade de elementos naturais para realizar seus objetos: madeiras,
caroços, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros,
ossos, dentes, conchas, garras e belíssimas plumas das mais diversas aves.
Evidentemente, com um material tão variado, as possibilidades de criação são
muito amplas, como por exemplo, os barcos e os remos dos Karajá, os objetos
trançados dos Baniwa , as estacas de cavar e as pás de virar biju dos índios
xinguanos. As peças de cerâmica que se conservaram testemunham muitos costumes
dos diferentes povos índios e uma linguagem artística que ainda nos
impressiona. São assim, por exemplo, as peças da Ilha de Marajó, são divididos
em dois tipos: Santarém e Marajoara. Nas peças de Santarém, apresentam tamanho
pequeno, porém bem trabalhado. Já nas peças Marajoaras, apresentam tamanho
grande e normalmente contém pinturas de deuses ou animais, sempre contendo
cores avermelhadas. Para os índios, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo
tempo que são um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do
ser sobrenatural que representam Elas são feitas com troncos de árvores,
cabaças e palhas de buriti e são usadas geralmente em danças cerimoniais, como,
por exemplo, na dança do Aruanã, entre os Karajá, quando representam heróis que
mantêm a ordem do mundo. As cores mais usadas pelos índios para pintar seus
corpos são o vermelho muito vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do
suco do jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante,
porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao
corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas.
Através da pintura
corporal algumas tribos se organizam socialmente,cada grupo como guerreiros,
nobres e povo, se pintam e se enfeitam diferentemente.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_ind%C3%ADgena
Por: Leonardo Fernandes
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