Grécia antiga;esculturas
Foram poucas as esculturas
gregas que sobreviveram ao tempo. As obras
atualmente conhecidas são cópias realizadas durante o período romano. Estatuetas de bronze sólido, retratando homens e especialmente cavalos, constituem os exemplos mais remotos de
escultura grega.
As
primeiras estátuas de pedra, quase do tamanho humano, datam de 650 a.C.; são pesadas e unidimensionais. No início
deste "período arcaico", o escultor representava
superficialmente as feições e músculos, evitando cortar a pedra com
profundidade. As estátuas do período arcaico revelam evidentes filiações na arte mesopotâmica,
na arte
egípcia e
na arte da Ásia
Menor. Nesta fase houve dois tipos de
estátuas que tiveram especial divulgação: o Kouros e a Koré , a
figura masculina e a feminina, respectivamente, em pé, numa pose de grande
rigidez e frontalidade. Naquela época as esculturas deveriam ter figuras
masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e com peso do corpo
igualmente distribuído entre as duas pernas.
Os
escultores do século VI e início do V a.C. estudaram as formas do corpo, elaborando gradualmente suas proporções. Na
Grécia os artistas não estavam submetidos a convenções rígidas, pois as
estátuas não tinham uma função religiosa, como no Egito. A escultura se
desenvolveu livremente, tanto que as estátuas passaram a apresentar detalhes em
todos os ângulos de vista, em vez de apenas no plano frontal.
Nessa postura de procura de superação da rigidez das estátuas, o mármore
mostrou-se um material inadequado: era pesado demais e se quebrava sob seu
próprio peso, quando determinadas partes no corpo não estavam apoiadas. A
solução para esse problema foi trabalhar com um material mais resistente.
Começaram então a fazer esculturas em bronze, pois esse metal permitia ao
artista criar figuras que expressassem melhor o movimento. As estátuas eram
pintadas durante todo o período grego. Muitas delas, enterradas nas ruínas
depois que os persas saquearam a Acrópole de Atenas, em 480
a.C., foram encontradas com a
coloração preservada.
Às
vitórias sobre os persas, no início do século V a.C., seguiu-se um estilo
sombrio e grandioso, cuja expressão característica se encontra nas esculturas
de Olímpia. Foi uma época de crescente naturalismo,
durante a qual o escultor, seguro de seu domínio das formas humanas, começou a
representar todos os tipos de ação. Um exemplo clássico é o Discóbolo de Míron, uma estátua de um atleta atirando o disco, executado
por volta de 450
a.C. originalmente em bronze, mas sobreviveu
apenas em cópias romanas em mármore. Na verdade, a maioria dos escultores deste
período trabalhava com bronze fundido, oco, mas não perduraram as obras
produzidas até o século V a.C. Poucos exemplares de tamanho natural
sobreviveram, salvo cópias, mas existe um, de autor desconhecido, que deve
estar entre os maiores: é o chamado Deus do cabo Artemísion, e representa
talvez Zeus ou Poseidon. Foi encontrado no fundo do mar, perto do cabo Artemísio, datando por volta de470-460
a.C.
Fídias foi o mais importante escultor clássico. Foi
protegido por Péricles para realizar em Atenas numerosos trabalhos.
Entre 445 e 432
a.C., Fídias esculpiu as duas famosas
e desaparecidas estátuas de Atena para o Partenon, além do Zeus de Olímpia.
Elas são conhecidas apenas através de cópias e de descrições posteriores. Eram
obras colossais, com adornos de marfim e ouro. As esculturas do Partenon mostram a
grandeza do estilo e do desenho de Fídias, sua força esplendorosa, delicadeza e
sutileza. Deve-se a este artista, ainda, os enormes frisos desse templo,
actualmente expostos em Londres. Seu contemporâneo, Policleto, por volta de 440
a.C., esculpiu a estátua de um jovem
empunhando uma lança, nas proporções que considerava ideais para
a figura humana: o Doríforo, ou portador de lanças. Deixou também a
estátua Diadúmeno. Míron, nascido em Elêuteras, na Beócia, rival de Polícleto, é o autor do célebre Discóbolo.
Era perito em reproduções de animais, sendo famosa a Vaca de
Míron.
(Fídias)
No século V a.C., a emoção começou a tomar conta da figura completa e não
apenas da sua face, que geralmente apresentava um semblante calmo. Os
escultores do século
IV a.C., como Escopas
de Paros, esforçaram-se para representar
o intelecto e a emoção através das feições do rosto, o que levou ao
desenvolvimento dos retratos. Os primeiros idealizavam o modelo,
representando mais um tipo do que um indivíduo. O caimento das roupas tornou-se
dramático, com dobras onduladas complexas para obtenção de efeitos de luz e
sombra, além de indicar as diferentes texturas. O corpo humano era suave e
gracioso, mas faltava-lhe a força e a dignidade das obras anteriores. Essa
última fase do período clássico assistiu às melhores criações de Lísipo e Praxíteles. Pode-se observar essas mudanças nas obras
de Praxíteles (meados do século IV a.C.), que trabalhou principalmente com
mármore. Salientam-se as famosas estátuas de Hermes e Dionísio
Menino (330
a.C.) e a Afrodite de Cnido, de 350
a.C.. Lísipo,
autor do Apoxiomenos,
foi um dos derradeiros escultores clássicos, tornando-se num dos principais
representantes do estilo helenístico.
(zeus, poseidon e hades)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_Gr%C3%A9cia_Antiga
Por: Marina Brandão
Por: Marina Brandão
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