domingo, 13 de novembro de 2011


 Grécia antiga;esculturas
Foram poucas as esculturas gregas que sobreviveram ao tempo. As obras atualmente conhecidas são cópias realizadas durante o período romanoEstatuetas de bronze sólido, retratando homens e especialmente cavalos, constituem os exemplos mais remotos de escultura grega.
 
As primeiras estátuas de pedra, quase do tamanho humano, datam de 650 a.C.; são pesadas e unidimensionais. No início deste "período arcaico", o escultor representava superficialmente as feições e músculos, evitando cortar a pedra com profundidade. As estátuas do período arcaico revelam evidentes filiações na arte mesopotâmica, na arte egípcia e na arte da Ásia Menor. Nesta fase houve dois tipos de estátuas que tiveram especial divulgação: o Kouros e a Koré , a figura masculina e a feminina, respectivamente, em pé, numa pose de grande rigidez e frontalidade. Naquela época as esculturas deveriam ter figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e com peso do corpo igualmente distribuído entre as duas pernas.


Os escultores do século VI e início do V a.C. estudaram as formas do corpo, elaborando gradualmente suas proporções. Na Grécia os artistas não estavam submetidos a convenções rígidas, pois as estátuas não tinham uma função religiosa, como no Egito. A escultura se desenvolveu livremente, tanto que as estátuas passaram a apresentar detalhes em todos os ângulos de vista, em vez de apenas no plano frontal. Nessa postura de procura de superação da rigidez das estátuas, o mármore mostrou-se um material inadequado: era pesado demais e se quebrava sob seu próprio peso, quando determinadas partes no corpo não estavam apoiadas. A solução para esse problema foi trabalhar com um material mais resistente. Começaram então a fazer esculturas em bronze, pois esse metal permitia ao artista criar figuras que expressassem melhor o movimento. As estátuas eram pintadas durante todo o período grego. Muitas delas, enterradas nas ruínas depois que os persas saquearam a Acrópole de Atenas, em 480 a.C., foram encontradas com a coloração preservada.


Às vitórias sobre os persas, no início do século V a.C., seguiu-se um estilo sombrio e grandioso, cuja expressão característica se encontra nas esculturas de Olímpia. Foi uma época de crescente naturalismo, durante a qual o escultor, seguro de seu domínio das formas humanas, começou a representar todos os tipos de ação. Um exemplo clássico é o Discóbolo de Míron, uma estátua de um atleta atirando o disco, executado por volta de 450 a.C. originalmente em bronze, mas sobreviveu apenas em cópias romanas em mármore. Na verdade, a maioria dos escultores deste período trabalhava com bronze fundido, oco, mas não perduraram as obras produzidas até o século V a.C. Poucos exemplares de tamanho natural sobreviveram, salvo cópias, mas existe um, de autor desconhecido, que deve estar entre os maiores: é o chamado Deus do cabo Artemísion, e representa talvez Zeus ou Poseidon. Foi encontrado no fundo do mar, perto do cabo Artemísio, datando por volta de470-460 a.C.

 Fídias foi o mais importante escultor clássico. Foi protegido por Péricles para realizar em Atenas numerosos trabalhos. Entre 445 e 432 a.C., Fídias esculpiu as duas famosas e desaparecidas estátuas de Atena para o Partenon, além do Zeus de Olímpia. Elas são conhecidas apenas através de cópias e de descrições posteriores. Eram obras colossais, com adornos de marfim e ouro. As esculturas do Partenon mostram a grandeza do estilo e do desenho de Fídias, sua força esplendorosa, delicadeza e sutileza. Deve-se a este artista, ainda, os enormes frisos desse templo, actualmente expostos em Londres. Seu contemporâneo, Policleto, por volta de 440 a.C., esculpiu a estátua de um jovem empunhando uma lança, nas proporções que considerava ideais para a figura humana: o Doríforo, ou portador de lanças. Deixou também a estátua Diadúmeno. Míron, nascido em Elêuteras, na Beócia, rival de Polícleto, é o autor do célebre Discóbolo. Era perito em reproduções de animais, sendo famosa a Vaca de Míron.
                                                                       (Fídias)
No século V a.C., a emoção começou a tomar conta da figura completa e não apenas da sua face, que geralmente apresentava um semblante calmo. Os escultores do século IV a.C., como Escopas de Paros, esforçaram-se para representar o intelecto e a emoção através das feições do rosto, o que levou ao desenvolvimento dos retratos. Os primeiros idealizavam o modelo, representando mais um tipo do que um indivíduo. O caimento das roupas tornou-se dramático, com dobras onduladas complexas para obtenção de efeitos de luz e sombra, além de indicar as diferentes texturas. O corpo humano era suave e gracioso, mas faltava-lhe a força e a dignidade das obras anteriores. Essa última fase do período clássico assistiu às melhores criações de Lísipo Praxíteles. Pode-se observar essas mudanças nas obras de Praxíteles (meados do século IV a.C.), que trabalhou principalmente com mármore. Salientam-se as famosas estátuas de Hermes e Dionísio Menino (330 a.C.) e a Afrodite de Cnido, de 350 a.C.. Lísipo, autor do Apoxiomenos, foi um dos derradeiros escultores clássicos, tornando-se num dos principais representantes do estilo helenístico.
(zeus, poseidon e hades)





            
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_Gr%C3%A9cia_Antiga
Por: Marina Brandão

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