Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil foi introduzido no início do século XVII pelos missionários católicos, especialmente jesuítas, que trouxeram o novo estilo como
instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira,
é um dos seus marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de
Matos e com o orador sacro Padre Antônio
Vieira, e nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho, na escultura, eMestre Ataíde, na pintura. No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos
também no centro do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Na música, ao contrário
das outras artes, sobrevivem poucos mas belos documentos do Barroco tardio. Com
o desenvolvimento do Neoclassicismo a partir das primeiras décadas do século XIX, a tradição barroca caiu
progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas
modalidades de arte até os primeiros anos do século XX.
A vasta maioria do legado
barroco brasileiro está na arte sacra: estatuária, pintura e obra de talha para
decoração de igrejas ou para culto privado. Grande número de edificações e
peças individuais de arte barroca já foram protegidas pelo governo brasileiro
em suas várias instâncias, através de tombamento ou outros processos, atestando o reconhecimento oficial da importância
do Barroco para a história da cultura
brasileira. Centros históricos barrocos como os de Ouro Preto e Salvador,
e conjuntos artísticos como o do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, receberam o estatuto de monumentos
da humanidade pela chancela da UNESCO, e esse precioso legado é um dos
grandes atrativos do turismo cultural no país, ao mesmo tempo em que se torna ícone identificador do Brasil,
tanto para naturais da terra como para os estrangeiros.
Apesar de sua importância, boa
parte da arquitetura e das obras de arte barrocas do Brasil ainda estão em mau
estado de conservação e exigem restauro urgente e outras medidas conservadoras,
verificando-se frequentemente perdas ou degradação de exemplares valiosíssimos
em todas as modalidades artísticas; o país ainda tem muito a fazer para
preservar parte tão importante de sua história, tradição e cultura. Por outro
lado, parece crescer a conscientização da população em geral sobre a
necessidade de proteger um patrimônio que é de todos e que pode reverter em
benefício de todos, até econômico, se bem manejado e conservado. Museus nacionais
a cada dia se esforçam por aprimorar suas técnicas e procedimentos, a
bibliografia se avoluma, o governo têm investido bastante nesta área e até
mesmo o bom mercado que a arte barroca nacional sempre encontra ajuda na sua
valorização como peças merecedoras de atenção e cuidado, forças atuantes que
oferecem perspectivas promissoras para sua sobrevivência para as gerações
futuras.
por Fernanda Serra
Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil foi introduzido no início do século XVII pelos missionários católicos, especialmente jesuítas, que trouxeram o novo estilo como
instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira,
é um dos seus marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de
Matos e com o orador sacro Padre Antônio
Vieira, e nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho, na escultura, eMestre Ataíde, na pintura. No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos
também no centro do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Na música, ao contrário
das outras artes, sobrevivem poucos mas belos documentos do Barroco tardio. Com
o desenvolvimento do Neoclassicismo a partir das primeiras décadas do século XIX, a tradição barroca caiu
progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas
modalidades de arte até os primeiros anos do século XX.
A vasta maioria do legado
barroco brasileiro está na arte sacra: estatuária, pintura e obra de talha para
decoração de igrejas ou para culto privado. Grande número de edificações e
peças individuais de arte barroca já foram protegidas pelo governo brasileiro
em suas várias instâncias, através de tombamento ou outros processos, atestando o reconhecimento oficial da importância
do Barroco para a história da cultura
brasileira. Centros históricos barrocos como os de Ouro Preto e Salvador,
e conjuntos artísticos como o do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, receberam o estatuto de monumentos
da humanidade pela chancela da UNESCO, e esse precioso legado é um dos
grandes atrativos do turismo cultural no país, ao mesmo tempo em que se torna ícone identificador do Brasil,
tanto para naturais da terra como para os estrangeiros.
Apesar de sua importância, boa
parte da arquitetura e das obras de arte barrocas do Brasil ainda estão em mau
estado de conservação e exigem restauro urgente e outras medidas conservadoras,
verificando-se frequentemente perdas ou degradação de exemplares valiosíssimos
em todas as modalidades artísticas; o país ainda tem muito a fazer para
preservar parte tão importante de sua história, tradição e cultura. Por outro
lado, parece crescer a conscientização da população em geral sobre a
necessidade de proteger um patrimônio que é de todos e que pode reverter em
benefício de todos, até econômico, se bem manejado e conservado. Museus nacionais
a cada dia se esforçam por aprimorar suas técnicas e procedimentos, a
bibliografia se avoluma, o governo têm investido bastante nesta área e até
mesmo o bom mercado que a arte barroca nacional sempre encontra ajuda na sua
valorização como peças merecedoras de atenção e cuidado, forças atuantes que
oferecem perspectivas promissoras para sua sobrevivência para as gerações
futuras.
por Fernanda Serra
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